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Mídia Resenha: Heartstopper

Publicada em 07/06/2022 às 18:12h - 144 visualizações

por Lucas Oliveira


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 (Foto: Netflix)

Heartstopper é um romance adaptado diretamente do livro de mesmo nome publicado pela autora bestseller do New York Times Alice Oseman. Lançada e produzida pela Netflix em 22 de abril, a série se tornaria popular em questão de semanas e dominaria o pódio de trama mais comentada no Twitter em dias. 

Atualmente com quatro capítulos, lançamento inicial em primeiro de outubro, publicado pela Hachette Children's Group - editora Seguinte no Brasil. O quadrinho teve começo em formato digital no site Webtoon, onde se consagrou como uma das melhores produções originais do meio e recebeu um lançamento físico aos moldes de graphic novel no futuro.

Na série, acompanhamos o florescer do romance entre Charlie e Nick, dois jovens que se conhecem após, por coincidência do destino, serem colocados como parceiros de aula e mesa nesse novo semestre. Os dois são completos opostos, enquanto Charlie é um garoto estudioso e acanhado por causa do bullying e homofobia que vem sofrendo no colégio após se assumir gay, Nick é o típico menino popular - joga rugby e é super adorado por todos da escola.  Com apenas "Ois" simpáticos no começo, o tempo faria crescer  uma amizade intensa entre os dois, e Charlie começa a desenvolver sentimentos por Nick, mesmo sabendo que se apaixonar por um amigo que ele sabe que é hetero só causaria sofrimento para si. Entretanto, Nick também sente algo a mais por Charlie, percebendo que sua relação com ele é algo diferente de todas que já teve.

Oseman começou sua carreira como escritora aos 19 anos com a publicação de seu primeiro trabalho, o romance, "Solitaire". Com foco em histórias protagonizadas e direcionadas para jovens adultos, seus trabalhos são exemplos quando este é o assunto. Seu nome esteve presente em diversas premiações, como o YA Book Prize, evento sobre livros para jovens adultos; o Inky Awards; o Carnegie Medal; e o Goodreads Choice Awards. O carinho que a autora tem por seus personagens e trabalhos é imprescindível, além de ser extremamente ativa na comunidade e frequentemente engajar-se com os fãs de suas histórias, Alice acompanhou de perto todo o desenvolvimento da adaptação de Heartstopper, ocupando o cargo de produtora executiva. 

Mas e aí? Heartstopper é tudo isso mesmo? Sim, e muito mais. 

 

Desde o romance vivido pelos protagonistas até a ambientação da série, tudo nele é feito com o maior zelo, o que o diferencia dos milhões de outros romances adolescentes que você pode achar pela Netflix. A história é tocante e trata o amor entre os dois de uma maneira tão leve e aprazível. Um ótimo exemplo é o fim do oitavo episódio, uma resolução completamente satisfatória e construída de uma maneira que em nenhum momento parece corrida ou apressada, tudo faz perfeito sentido, a relação dos dois cresce e se molda naturalmente pelos episódios - desde as dificuldades até os bons momentos. Mesmo com 20 minutos de duração, o enredo é concreto e os personagens funcionam diferente de muitas outras obras do gênero que passam dos 40 minutos e falham neste aspecto. 

 

Falando em personagens, todos são incríveis e amáveis a ponto de você querer guardar todos em um potinho, tirando os bullys obviamente. Chega a ser impossível não se apaixonar pelas relações entre eles. Você, com certeza, vai à série achando que Nick e Charlie são seu casal favorito, mas se prepare pois pelo menos mais dois pares vão entrar nessa lista.

A ambientação é impecável, desde a trilha sonora aos visuais, você realmente se sente no mundinho deles. As músicas puxadas para o pop punk, emo e indie, foram uma ótima pedida para consolidar a vibe colegial que a trama passa. Os efeitos e edições feitas com o intuito de transmitir aquele sentimento de estar lendo o quadrinho criam uma individualidade e tanto para a série, além de tornar todo o processo bem mais dinâmico e divertido. 


Uma comparação meio sem nexo, mas que não poderia deixar de fora, se prepare pois isso não irá fazer o menor sentido, mas Heartstopper é um Scott Pilgrim onde, quase, todo mundo não é um completo babaca! Eu avisei que não faria sentido, ambos são filmes de gêneros completamente diferentes e o único paralelo que podemos estabelecer é que os dois são baseados em graphics novel, mas eu não podia perder a piada.

Ok, chega. Leiam e assistam Heartstopper.




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